A tarde de lindo sol trouxe ao "Encontro com Poetas Populares" um público atento e festeiro.
O tema era "A produção da literatura de cordel nas décadas de 50 e 60 do século passado", quando houve o seu apogeu. Pesquisadores dizem que a partir daí o cordel entra em decadência, agravado pela ditadura militar, e ressurge na década de 1990.
Os poetas Willian e Ivamberto nos surpreenderam com as definições das métricas e rimas (sextilha, setilha, oitava, décimas, e martelo agalopado), defendendo o compromisso com as rimas e a poesia que o cordel se propõem.
Os poetas declamaram grande poemas, alguns deles como “O Pavão Misterioso”, de José Camelo, “A chegada do Lampião no Inferno” de José Pacheco e “Aos poetas Clássicos” de Patativa do Assaré e a produção individual de cada um.
O Poeta Willian J.G. Pinto brincou com duas trovas: de Chico Buarque, em “A Banda”, e de Dorival Caymmi, em “Peguei um ita no Norte” transformando-as em sextilhas. Acreditamos que esses grandes mestres não se aborreceriam por tal ousadia, de um outro mestre da literatura de cordel.
PS: O desejo está ficando cada vez mais forte: transformar todo esse material em uma publicação com um CD com os fonograms das rodas e quem sabe em um DVD.
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